terça-feira, 22 de maio de 2012

Facebook, divórcio e vergonha alheia

Uma pesquisa feita no Reino Unido apontou que, em dezembro de 2011, em 33% dos pedidos do divórcio, o Facebook era citado como um dos motivos do desquite. Em dezembro de 2009, o Facebook já aparecia como uma das causas de 20% dos divórcios (Notícia completa aqui, no G1).

Pouco a comentar sobre esses números. É provável que, na maioria desses casos de divórcio, um dos cônjuges detectou sinais de infidelidade, digamos. Mas não é só isso: a exposição desnecessária a que os usuários se submetem é constrangedora. Rolar a página inicial do Facebook é uma tragicômica experiência de sentimentos de "vergonha alheia".

O Orkut há tempos respira com o auxílio de aparelhos em função das inconveniências dos próprios usuários. O Facebook, aparentemente, caminha na mesma triste direção. Avisem Mark Zuckerberg (e os acionistas!) que o problema não é a falta de receita da empresa: no futuro, os usuários vão enjoar dessa profusão descontrolada de tolices e partir para outra forma de interação virtual.

Em tempo, algo que todo mundo sabe, mas que se enquadra nos propósitos deste espaço de ideias: a análise do perfil do candidato em redes sociais é uma das principais ferramentas dos processos de seleção. Será que não é esse personagem virtual de si mesmo que estraga o seu currículo?