Nos últimos dois anos, mais de 20 suicídios foram contabilizados na fábrica: funcionários desesperados saltaram dos andares mais altos do prédio da empresa. E o que a Foxconn fez? Instalou uma rede de proteção ao redor do prédio, semelhante aquela que os trapezistas usam no circo, caso a mão escape do trapézio. Segue a reportagem com a imagem da rede de segurança e outras informações, em inglês:
Já a CNN entrevistou uma funcionária da Foxconn que coloca telas em iPads diariamente, mas nunca havia visto um aparelho montado, funcionando. O jornal The New York Times publicou em fevereiro uma extensa reportagem sobre as precárias condições de trabalho na fábrica chinesa. Links para as duas matérias e um resumo do caso se encontram aqui, numa reportagem da revista Época Negócios.
Se fosse qualquer outra empresa ou marca, sofreria graves consequências (boicotes dos clientes, por exemplo). Afinal de contas, a Foxconn é sua principal parceira na montagem dos produtos. Mas é a Apple, idolatrada pelos consumidores e notoriamente focada em reduzir custos e otimizar processos, aparentemente não importando os custos humanos envolvidos.
O que Steve Jobs diria sobre o caso? Nunca saberemos. Só sei que eu estou aqui, com meu iPad no colo, sinceramente indignado.