Neste artigo (em inglês), no blog da Harvard Business
Review, Hal Gregersen aponta dois aspectos que considera preocupantes para o futuro da Apple.
Um deles é o já anunciado perfil do atual CEO da companhia, Tim Cook, substituto
do legendário Steve Jobs. Cook é um especialista em logística e produção, e
obviamente não possui a capacidade inovadora e criativa de Steve Jobs.
O outro aspecto é uma insatisfação visível entre os
funcionários das fábricas e do varejo da Apple. Este blog já comentou aqui os alarmantes
problemas da Foxconn, montadora de iPads e iPhones na China: funcionários
cometeram suicídio em função da exaustiva rotina de trabalho.
Já nas lojas (Apple Store), uma curiosa relação: cada
funcionário do varejo recebe aproximadamente 12 dólares por hora. Porém, cada
funcionário vende em média 227 dólares por hora. Para o autor do artigo, essa
proporção injusta (19/1) causará cada vez mais desgaste, potencializado pela ausência do líder Steve Jobs.
Por outro lado, muitos analistas acreditam que a Apple
vai sobreviver e especialmente continuar inovando. Esta matéria (em inglês) da
CNN.com relaciona comentários de Tim Cook ao futuro da Apple, e a empresa
parece continuar nos rumos estabelecidos por Jobs. Além disso, Jobs sempre soube
atrair e reter os melhores especialistas, e eles continuam guiando a Apple.
É interessante, no entanto, observar como o perfil do líder
pode influenciar os rumos da empresa. Segundo Hal Gregersen, a Apple do
presente ainda é a Apple de Jobs. Mas a Apple do futuro será outra. E conclui: “empresas
inovadoras são guiadas por líderes inovadores”.