quinta-feira, 26 de julho de 2012

Inadimplência acelera extinção dos cheques


De acordo com dados da Serasa Experian, a inadimplência aumentou 19% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado (mais aqui, no site da Folha de São Paulo). As pequenas empresas sofrem mais com a inadimplência: sua receita é menor, e cada calote é sentido no orçamento.

Em média, 2% dos cheques recebidos são devolvidos. Mas nas pequenas empresas o numero de cheques sem fundo é maior em função da falta de mecanismos de identificação de maus pagadores.

(Esse esforço de identificação dos caloteiros precisa ser bem planejado. Muitas lojas tratam notórios bons pagadores com desconfiança, fazendo exigências desnecessárias para aquele cliente. Mais importante do que identificar quem não paga, é identificar o bom cliente.)

O prejuízo só não é maior porque o uso do cheque vem diminuindo, perdendo espaço para os cartões de débito e crédito. No entanto, as taxas cobradas pelas operadoras ainda incomodam os empresários: depende da negociação, mas fica entre 4 e 5% do valor da compra. 

A inadimplência deve acelerar ainda mais a extinção dos cheques. A grande vantagem para a pequena empresa é que, não importa a situação, ela recebe o valor da venda. Se o cliente for caloteiro, quem terá a função de cobrá-lo é o banco.