segunda-feira, 9 de julho de 2012

“Gatonet” e os gastos da SKY


Montei um case para uma disciplina de pós-venda, baseado nos seguintes números:

De dezembro de 2010 a dezembro de 2011, a SKY gastou pouco mais de R$ 1 bi em publicidade. Nesse mesmo período, a empresa contabilizou 1,158 milhões de novos clientes. Dividindo o investimento pelo retorno, chega-se a um número expressivo, que foi notícia em vários portais: a SKY investiu aproximadamente R$ 900,00 em propagando para cada novo cliente (mais detalhes aqui, em reportagem da Revista Exame).

Para contrapor esses números, apresentei a posição da SKY no ranking anual do site reclameaqui.com.br: trata-se da quarta empresa com maior número de reclamações nos últimos doze meses, atrás de TIM, Groupon e Claro. Com essa comparação, a reflexão sobre pós-venda e relacionamento com clientes acontece de modo automático e intuitivo. Acesso ao site e aos rankings aqui.

Alguns dias depois, outra notícia interessante, sobre os decodificadores ilegais, o famoso “gatonet”. Estes aparelhos, que custam aproximadamente R$ 400 e liberam o sinal do satélite, tem sido a dor de cabeça da SKY e demais operadoras.

Segundo o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Operadoras de Sistemas de Televisão por Assinatura, Antonio Salles Neto, esse tipo de pirataria cresce devido à impunidade, e causa perdas anuais de aproximadamente R$ 1,2 bi para as empresas do setor (outras informações aqui, no site da INFO).

O”gatonet” é ilegal, e por isso não se pode justificar a pirataria devido aos preços abusivos dos pacotes de canais das operadoras. No entanto, é curioso notar que o gasto anual da SKY em publicidade é praticamente o mesmo que todo o setor estima perder em função da pirataria. Se eu possuísse um aparelho “gatonet”, usaria essa comparação para tentar justificar e amainar minha conduta ilegal.