terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados: ingenuidade de quem compra ou de quem vende?


Uma característica do Dia dos Namorados: a efemeridade. Antes que lancem as pedras, explico: o dia das Mães, o Natal e o dia dos Pais são datas sagradas e consagradas. No ano que vem a mamãe, o papai e o menino Jesus serão os mesmos, enquanto boa parte dos casais estarão separados. É uma característica interessante a ser considerada por aqueles que planejam vendas.

Outra coisa: como definir o público-alvo das ações? Claro que depende muito dos produtos e serviços ofertados, que já nascem direcionados a alguém. Mas uma loja, por exemplo, precisa montar uma vitrine, elaborar anúncios. Assim, genericamente, eu apostaria numa comunicação com um público mais jovem. Percebo um certo ceticismo em casais mais velhos e, consequentemente, calejados: eles parecem valorizar mais a ocasião, e não tanto a adolescente troca de presentes.

Talvez por esse caráter singelo e inocente do público que as campanhas do dia dos namorados sejam tão previsíveis. Algumas até são criativas, mas não conseguem ir além do esperado: propaganda para divulgar promoções relacionadas à data. O site Meio & Mensagem mostra aqui algumas peças publicitárias feitas para o 12 de junho.

Ok, a data é efêmera. Mas será que as ações de vendas também precisam ser? Os críticos dirão que esta é apenas mais uma celebração do consumismo irracional. Mas o mundo não vai mudar e presentear continuará sendo a maior prova de afeto. Os varejistas até lucram com o sentimento alheio. Mas poderiam ser bem mais eficientes nesse cenário perfeitamente criado para movimentar a economia.

A propósito: o SEBRAE dá boas dicas (aqui) para datas comemorativas no comércio varejista.