Uma característica do Dia dos Namorados: a efemeridade. Antes
que lancem as pedras, explico: o dia das Mães, o Natal e o dia dos Pais são
datas sagradas e consagradas. No ano que vem a mamãe, o papai e o menino Jesus
serão os mesmos, enquanto boa parte dos casais estarão separados. É uma
característica interessante a ser considerada por aqueles que planejam vendas.
Outra coisa: como definir o público-alvo das ações? Claro
que depende muito dos produtos e serviços ofertados, que já nascem direcionados
a alguém. Mas uma loja, por exemplo, precisa montar uma vitrine, elaborar
anúncios. Assim, genericamente, eu apostaria numa comunicação com um público
mais jovem. Percebo um certo ceticismo em casais mais velhos e,
consequentemente, calejados: eles parecem valorizar mais a ocasião, e não tanto
a adolescente troca de presentes.
Talvez por esse caráter singelo e inocente do público que as
campanhas do dia dos namorados sejam tão previsíveis. Algumas até são
criativas, mas não conseguem ir além do esperado: propaganda para divulgar
promoções relacionadas à data. O site Meio & Mensagem mostra aqui algumas
peças publicitárias feitas para o 12 de junho.
Ok, a data é efêmera. Mas será que as ações de vendas também
precisam ser? Os críticos dirão que esta é apenas mais uma celebração do
consumismo irracional. Mas o mundo não vai mudar e presentear continuará sendo
a maior prova de afeto. Os varejistas até lucram com o sentimento alheio. Mas
poderiam ser bem mais eficientes nesse cenário perfeitamente criado para
movimentar a economia.
A propósito: o SEBRAE dá boas dicas (aqui) para datas
comemorativas no comércio varejista.