Quem sabe essa pessoa seja você. Ou será que essa pessoa sou eu? Vejamos.
Em certo grau, todos somos assim. Ou melhor: muitas vezes estamos ocupados. Normal. O problema é quando a falta de tempo se torna, além de rotina, um estado de espírito. Um traço da personalidade.
Quando somos ocupados, o tempo todo, esquecemos de investir em relacionamentos importantes. Não temos tempo. E quem não tem tempo, não consegue priorizar.
E assim, perdemos contato com pessoas importantes: familiares queridos (não todos), amigos antigos, pessoas que se preocupam com a gente.
No passado, esperávamos horas por uma ligação no telefone fixo. Aguardávamos dias por uma carta. Hoje, basta procurar o nome do amigo no Facebook e perguntar como ele está. Mas estamos (ou somos) muito ocupados. E curiosamente, ou paradoxalmente, não nos comunicamos, apesar da extrema facilidade que a tecnologia proporciona. Já que falta tempo, tudo precisa se tornar mais simples, mais fácil. E tudo se tornou. Mas adianta?
Outro exemplo, já abordado neste espaço: todo o conhecimento está disponibilizado online. Não é mais preciso folhear um dicionário pesado. As enciclopédias sumiram. Será que ficamos mais burros? Acho que não. Mas com certeza estamos mais preguiçosos. Ou ainda: se está tão fácil conseguir a informação, por que tanta preguiça?
Por isso repito isso há anos para empresas e profissionais (e em frente ao espelho também): entre em contato com antigos clientes. Mantenha relações profissionais. Mostre que você lembra, que você se importa. Por quê? Porque vai te fazer bem. Porque pouca gente faz, e vai surpreender, diferenciar, destacar.
E para finalizar, mais uma reflexão: será que reservar tempo para buscar informação e reatar contatos torna a pessoa menos ou ainda mais ocupada?