quinta-feira, 23 de abril de 2015

Objetivo: ser feliz

As pessoas costumam dizer que o seu objetivo na vida é ser feliz. O imenso desafio é pegar esse objetivo e definir: o que ter, e o que fazer para tornar-se feliz?

É muito forte, quase óbvia, a relação entre prosperidade e felicidade. Logo, precisamos dinheiro. Mas existe aquele ditado popular que diz que dinheiro não traz felicidade. E agora: para ser feliz é preciso ganhar bastante dinheiro?

Estudos mostram que o dinheiro compra felicidade sim, mas até certo ponto. Por exemplo: você vai ficando feliz e realizado conforme conquista sua casa, seu carro, uma boa escola para o filho. Mas depois que você adquire tudo que você precisava, o dinheiro não contribui mais tanto para o seu nível de felicidade. Ele pode até trazer uma alegria momentânea quando você compra alguma coisa. Mas isso é efêmero, e logo o inevitável vazio estará de volta.

A sugestão dos especialistas é que você invista mais dinheiro em experiências. A explicação é a seguinte: se você compra um carro novo, você se acostuma com ele. Ele passa a fazer parte da sua rotina. E essa rotina afeta a nossa percepção de valor (não vou falar sobre relacionamentos).

No entanto, se você investir em uma viagem, por exemplo, você irá viver essa experiência e ela vai desaparecer. Ou melhor, ela vai passar, mas vai ficar nas fotos e na memória. E essa distância entre tempo e memória parece fazer bem para os nossos níveis de felicidade. Boas lembranças trazem felicidade.

Com base nisso, é possível afirmar que se desfazer de algumas coisas traz felicidade. Quem já fez “uma limpa” no guarda-roupas já sentiu sensação semelhante (não, eu não vou falar sobre relacionamentos).

Mas existe perigo em interpretar a felicidade com esse viés de desapego. Você pode se livrar de coisas importantes, que vão fazer falta depois. Ou você pode perceber a felicidade do efêmero e nem sentir falta de algumas coisas que você deveria ter conquistado. E só perceber, quem sabe, quando for tarde demais.


Para concluir, uma reflexão e duas perguntas: o atendimento ao cliente, que tanto falam, é sempre uma nova experiência para o consumidor. Essa experiência pode aumentar a felicidade dele? A experiência de consumo pode aumentar a satisfação decorrente da compra de um produto? É de se pensar.