Max Geringer primeiramente responde que os chefes estão cada vez mais novos, e que ele acredita que, mesmo que inconscientemente, esses chefes prefiram trabalhar com pessoas mais novas. Mas ele afirma que ninguém corre o risco de perder o emprego apenas por causa da idade. Esse “apenas” eu gostaria de entender melhor – por isso este texto.
O autor Jay Conrad Levinson começa assim a introdução da edição revista do livro “Marketing de Guerrilha”: “Lembro do susto que levei aos 50 anos, quando descobri que um estudante médio de pós-graduação era mais bem informado que uma pessoa de 50 anos.” Pela prática, creio que Levinson superestima a média dos jovens pós-graduados. De qualquer forma, é realmente avassalador o domínio que os mais jovens possuem das ferramentas tecnológicas e, consequentemente, da informação. E isso obviamente tem reflexos no mercado de trabalho.
Para piorar, boa parte dos adultos sente aversão à tecnologia. E alguns dizem isso com muito orgulho. O problema é que nos comunicamos, nos informamos e trabalhamos com base na tecnologia. E se você possui uma boa vida útil de trabalho pela frente, precisa se preocupar com isso.
Alguns afirmam que internet é perda de tempo. Provavelmente ela seja perda de tempo para os adolescentes que lhes servem de exemplo. Mas não podemos culpar a tecnologia pelo mau uso que as pessoas fazem dela. E também não podemos desprezar a tecnologia só por não saber como usá-la.
E no mercado de trabalho não adianta se esconder atrás do tempo de carreira como garantia de respeito e estabilidade: o mérito é de quem faz as coisas da maneira mais simples, mais rápida, mais eficiente. E é preciso saber usar a tecnologia para conseguir isso.
Está nas mãos dos mais velhos um diferencial imbatível: unir experiência com atualização tecnológica e atualização de conteúdo. Ou então enfrentar as consequências da defasagem.