O cálculo do IBGE pode mudar um pouco. A última projeção, divulgada em 2008, apontava que o ápice aconteceria em 2050. O principal fato que ocasionou a redução do prazo de atingimento do ápice (pareço falar de uma meta, não?) foi a diminuição do tamanho das famílias. Hoje, no Brasil, as mulheres se tornam mães, em média, aos 27 anos, e a taxa de fecundidade é de 1,77 filho por mulher. A tendência é que as mulheres adiem cada vez mais a gravidez: em 2030, segundo a projeção, a idade média no momento do parto será de 29,3 anos.
O que mais impressiona (e preocupa) é o envelhecimento da população. Em 1950, existiam 52 milhões de brasileiros e a expectativa de vida era de 43 anos (idade do jovem pós-moderno, digamos). Já a taxa de fecundidade nos anos 1950 era de 6 filhos por mulher (Reflita: quantos tios você tem? E você é tio de quantos?).
A expectativa de vida hoje é de quase 75 anos. Santa Catarina será o primeiro estado a alcançar a expectativa de vida de 80 anos, lá por 2020. A média nacional só deve chegar nesse patamar em 2040.
Em 2060 o Brasil terá 5 milhões de idosos com mais de 90 anos. Hoje esses longevos não somam 300 mil. As consequências do envelhecimento da população ficam evidentes em dados como este: hoje, cada 100 pessoas que trabalham “sustentam” 46 que não trabalham (crianças, aposentados). Em 2060, a proporção será de 100 pessoas sustentando 66.
Não podemos esperar por utopias como a reforma da previdência. Precisamos agir: poderíamos incentivar o crescimento das famílias. E que tal importar chineses e indianos excedentes? A propósito, os cubanos já estão chegando.