terça-feira, 9 de julho de 2013

A fortuna de quem doa

Será que o milionário tem razão quando afirma que o dinheiro não compra felicidade? Ou ele só está sendo gentil com o interlocutor pobre?

Um texto do blog da Harvard Business Review comenta estudos sobre a questão. Segundo o autor, trocar de carro ou casa não altera o nível de felicidade. Investir dinheiro em conforto e ostentação não vai mudar o que sentimos. Ponto e parágrafo.

O generoso bilionário Warren Buffet prometeu doar 99% de sua fortuna, avaliada em 50 bilhões de dólares. Quanto à herança dos três filhos, afirmou que pretende deixar “o suficiente para que eles sintam que podem fazer qualquer coisa, mas não tanto que sintam que não precisam fazer nada”. Afirmou também que doar a quem precisa o faz muito feliz.

E aqui chegamos ao mote deste texto: mesmo não possuindo uma fortuna, é comprovado que a generosidade, esta sim, tem efeito muito positivo no nível de felicidade. Mesmo em pequenas quantidades, doar para a caridade ou presentar alguém, segundo os estudos, traz mais alegria do que gastar dinheiro em benefício próprio.

O autor cita o Google, que criou um bônus diferente: um funcionário pode indicar um colega para receber 150 dólares. A quantia é modesta se comparada ao salário de quem trabalha no Google: logo, o objetivo não é motivar apenas quem recebe, mas especialmente aquele que doa, pois, como citado, a generosidade trás mais felicidade. E nós, amadores, para motivar funcionários, colocamos todos numa sala e mostramos um vídeo: se alguém chorar, funcionou.

Outra empresa citada decidiu mudar radicalmente o preço de um suvenir. A pessoa poderia escolher o quanto pagaria, e era informada de que metade do valor seria destinada a instituições de caridade. A estratégia funcionou: o consumidor se sente melhor sabendo que, apesar de adquirir algo supérfluo, ajudou a melhorar o mundo

E agora, empresário avarento: dividir lucros é uma simples filantropia ou estratégia de negócio?