sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Procrastinarás!

Alice, no País das Maravilhas, perguntou ao Gato de Cheshire qual seria o melhor caminho para seguir. O Gato disse que isso dependia de onde ela queria ir. Alice disse que não importava o destino, e o Gato respondeu: “Então não importa o caminho que você escolher!”

As promessas de ano novo são o melhor exemplo da nossa falta de objetivos. Não que elas não sejam dignas – mas elas provam que estamos sempre remediando, sempre correndo atrás do prejuízo. Se você quiser poupar tempo, guarde os projetos da semana passada para 2014, pois eles serão os mesmos – você vai procrastinar. Ou você já utilizou na semana passada o mesmo papel amassado em 2012?

Num dos textos mais lidos de dezembro do blog da Harvard Business Review, a autora Whitney Johnson lembra: você não pode planejar nada até saber qual é o seu objetivo. E para saber o que você quer, você precisa sonhar. Sim, sonhar. Apenas os sonhos, diz ela, podem alavancar uma verdadeira ruptura, que trará novos hábitos, novas maneiras de agir, de pensar, de sentir.

Este mal que acomete as pessoas também afeta as empresas. Esperam-se mudanças e melhores resultados, mas o operacional não muda – no máximo um planejamento vago. Ou seja: como esperar novidades se os procedimentos continuam exatamente os mesmos? Refestelados na confortável rotina esperamos que uma revolução aconteça.

Procrastinar as resoluções de ano novo gera estresse e aflição ao longo do ano. Sugestão da autora: utilize o mês de janeiro para sonhar e evite pensar no que você faz errado. Pense no real motivo de você querer mudar. Quem sabe nessa reflexão você encontre motivos mais concretos que realmente catalisem as mudanças em você, na sua carreira, na sua empresa.

Apague os incêndios só em fevereiro. Ou melhor, depois do Carnaval, outra época excelente para a reflexão...