quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sobre o uso adequado das mídias


Quem nunca ouviu a frase “desligue a televisão e vá ler um livro!”? Tudo bem, mas que livro? Qualquer livro deste vasto mercado editorial? Essa expressão revela um pecado, uma injustiça muito cometida e que deu origem a esta reflexão: condenamos o meio em função da mensagem.

Faz tempo que os meios de comunicação são criticados em função de um suposto caráter retrógrado. Especialmente a TV, uma das grandes invenções do homem. “Ver TV” é sinônimo de comodismo e ignorância.

O preconceito chegou à informática: até o PowerPoint é muito criticado, por ter supostamente acabado com a boa palestra, com a boa apresentação. E assim, mais uma vez, a fantástica ferramenta se torna o bode expiatório. Quem leva a culpa por acertar o dedão: o carpinteiro atrapalhado ou o martelo?

As redes sociais estão entrando no mesmo balaio infame. Um local ideal para informação e interação que está sendo condenado. Mas a culpa, mais uma vez, não é da ferramenta, e sim dos usuários. O facebook talvez seja o exemplo mais claro de que problema não é o meio, mas a mensagem que você (sim, você leitor) escreve e divulga.

Assim, seguindo esse raciocínio, se o programa for ruim, quebraremos a TV. Se o PowerPoint atrapalha, aula com giz no quadro negro. Se a rede social não acrescenta, computador no lixo. Quando a solução é o controle remoto, a criatividade, o bom senso. O supostamente nobre ato da leitura não vai resolver nada.

Apenas um problema da tecnologia não tem solução: você, telespectador e internauta.