Quem nunca
ouviu a frase “desligue a televisão e vá ler um livro!”? Tudo bem, mas que
livro? Qualquer livro deste vasto mercado editorial? Essa expressão revela um
pecado, uma injustiça muito cometida e que deu origem a esta reflexão:
condenamos o meio em função da mensagem.
Faz tempo
que os meios de comunicação são criticados em função de um suposto caráter
retrógrado. Especialmente a TV, uma das grandes invenções do homem. “Ver TV” é
sinônimo de comodismo e ignorância.
O
preconceito chegou à informática: até o PowerPoint é muito criticado, por ter supostamente
acabado com a boa palestra, com a boa apresentação. E assim, mais
uma vez, a fantástica ferramenta se torna o bode expiatório. Quem leva a culpa
por acertar o dedão: o carpinteiro atrapalhado ou o martelo?
As redes
sociais estão entrando no mesmo balaio infame. Um local ideal para informação e
interação que está sendo condenado. Mas a culpa, mais uma vez, não é da
ferramenta, e sim dos usuários. O facebook talvez seja o exemplo mais claro de
que problema não é o meio, mas a mensagem que você (sim, você leitor) escreve e
divulga.
Assim,
seguindo esse raciocínio, se o programa for ruim, quebraremos a TV. Se o
PowerPoint atrapalha, aula com giz no quadro negro. Se a rede social não
acrescenta, computador no lixo. Quando a solução é o controle remoto, a
criatividade, o bom senso. O supostamente nobre ato da leitura não vai resolver nada.
Apenas um
problema da tecnologia não tem solução: você, telespectador e internauta.