quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A sua marca no Facebook

Há alguns dias um amigo colocou um anúncio curioso no Facebook. Não vou citar o nome dele para evitar constrangimentos, mas uso o exemplo como sugestões de o que não fazer na rede social.

Esse amigo tem uma empresa que vende um determinado tipo de produto. O primeiro erro dele foi criar um perfil ao invés de uma página no Facebook. Já comentei a questão nesse espaço: empresas não podem ter perfis de usuário, pois isso é proibido pelos termos de uso do Facebook (aqueles que ninguém lê, apenas clica em “aceitar”) Se você cometeu esse erro também, e criou um perfil para sua empresa, não se preocupe: é bem simples migrar de perfil para página. Você encontra o passo a passo facilmente procurando no Google.

Apenas adianto um ponto fraco da página: é mais difícil entrar em contato com um cliente, por exemplo. O Facebook só permite que a conversa comece pelo usuário, ou pela pessoa que curtiu a página. Eles fazem isso para evitar que as marcas fiquem atazanando você. A sugestão para o pequeno empresário é criar a página e usar o perfil pessoal para contatar alguém quando necessário.

O segundo erro desse amigo é mais específico: ele marcou em uma publicação quatro empresas, que são suas potenciais clientes, mas que são concorrentes entre si. Ele divulgou uma foto do produto e tornou isso visível para as quatro empresas – ao mesmo tempo. Ele poderia ter contatado facilmente cada um dos clientes: seria mais eficiente, mais personalizado (uma enorme vantagem das pequenas empresas) e evitaria esse peculiar constrangimento.

O terceiro erro dele aconteceu ainda na mesma publicação: ele escreveu a seguinte mensagem para as empresas clientes: “Venham nos visitar!” Ou seja: ele que é o vendedor, ele que oferece uma solução, mas ele quer que os clientes venham até ele! Esta é a característica menos aproveitada da rede social: o Facebook deve servir para divulgar conteúdo de qualidade, e não apenas ser usado como vitrine. Deve facilitar o contato e estimular a interação, e não só imitar a comunicação tradicional, onde o emissor fala e o receptor, se Deus quiser!, escuta.

Para concluir, uma breve reflexão. Caro empresário, vendedor, ou qualquer profissional que tem um perfil no Facebook: você é a sua marca por lá. Como essa marca é percebida? Ou será que as pessoas só estão rindo do seu amadorismo e dos seus erros de português?