No blog da Harvard Business Review, o autor Peter
Bregman inicia seu artigo descrevendo uma situação pessoal: ele não conseguiu
chegar na hora marcada e deixou sua esposa esperando por ele em um restaurante
.
Ao chegar no local combinado,
pediu desculpas, a esposa questionou, e ele começou a se explicar. Falou sobre
um cliente importante, que não foi sua culpa, mas quanto mais ele justificava,
mais a situação piorava e os dois ficavam irritados. A discussão não levou a
lugar algum e o jantar não desceu muito bem.
Alguns dias depois ele
conversava com um amigo, especialista em terapia familiar, e relembrou a
situação. O amigo sorriu e falou: “Você cometeu o erro clássico!” Vamos a ele.
O autor não queria ter se
atrasado, e explicou à esposa os motivos de acordo com a sua perspectiva
profissional. Mas não era esse o caso: o fato é que ele se atrasou e a mulher
ficou esperando. Ele focou sua justificativa em suas intenções, enquanto a
esposa sofreu a consequência.
A dica do autor é que sempre
a pessoa que gerou o problema (no caso o atrasado) analise a situação pela perspectiva
de quem foi afetado.
Outro exemplo: a pessoa que
ofendeu não deveria tentar explicar que ela estava num dia ruim, e sim entender
o quanto os comentários afetaram o ofendido inocente. Os seus motivos, segundo
os especialistas, são irrelevantes. O mais importante para resolver a situação é
você reconhecer as consequências que o seu ato gerou.
Perdemos muito tempo nos
explicando, quando a outra pessoa busca apenas compreensão. Se uma
justificativa for necessária e você, que causou o problema, quer que a pessoa
saiba o que aconteceu, tudo bem: você pode voltar ao assunto, mas deixe passar
algum tempo. No momento da raiva, a solução do problema está na empatia.
Se você se habituar a focar
nas consequências dos seus atos, sentirá cada vez menos a necessidade de se
justificar.