terça-feira, 16 de abril de 2013

A maioria não liga para o trabalho


Uma pesquisa do instituto Gallup mostrou que, em 2011, aproximadamente 70% dos trabalhadores americanos não estavam engajados e até completamente alheios ao seu rendimento no trabalho. Este índice é medido desde 2000, e os resultados são quase idênticos, ano após ano.

A partir das respostas de um questionário, os pesquisadores identificam pontos relacionados com a performance de resultados, como produtividade, atendimento ao cliente, segurança e lucro.

A porcentagem de funcionários desmotivados entre homens e mulheres é similar. A questão da idade também interfere pouco: apenas entre os idosos se percebe uma tendência maior de engajamento no trabalho.

Detalhe muito importante: a faixa salarial dos entrevistados também é indiferente na porcentagem de funcionários desmotivados. Não interessa o tamanho do ordenado no final do mês: dois em cada três funcionários não possui entusiasmo para trabalhar e produzir. E mais uma vez percebe-se que a relação entre motivação e remuneração, quando não é inexistente, é praticamente irrelevante.

Esses profissionais talvez até produzam o quanto deveriam. Mas será que produzem o quanto poderiam produzir?

Se faz uma década que os números da insatisfação no trabalho não mudam nos EUA, aqui o cenário deve ser parecido. Em geral, dois em cada três funcionários não vão recomendar a própria empresa para possíveis candidatos. Dois em cada três funcionários vão trocar de emprego na primeira oportunidade.  Dois em cada três funcionários simplesmente não ligam.

Quem sabe na sua empresa apenas um em cada três funcionários não está muito animado com o que faz. Ou será que três em cada três estão insatisfeitos?

As pessoas se engajam quando se importam com o resultado. Os fins não justificam os meios: os fins enobrecem e aperfeiçoam os meios.