quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A relatividade não passa

Eu não gosto da teoria da relatividade. Eu não gosto de Albert Einstein. 

Eu li em algum lugar que Einstein, certa vez, explicou assim a relatividade do tempo: quando você está numa aula chata, o tempo parece demorar para passar. Quando você está sentado ao lado de alguém que você gosta, o tempo passa voando. Não sei se ele disse isso. Mas de fato o tempo é assim mesmo, relativo.

Dependendo do local e da situação, o tempo passa mais rápido ou mais devagar. Dessa constatação surgem alguns devaneios.

Por que ficar alguns dias sofrendo, quando você sabe que, no futuro, esse sentimento que hoje lhe castiga será esquecido? É, ele será ridicularizado pela indiferença que vem com o tempo.

E por que os bons momentos não acontecem em câmera lenta, como num filme? Poderia ser o contrário: os bons momentos poderiam passar se arrastando, e os momentos ruins... apenas algum instante ingrato. Mas a realidade é outra. Será por causa da relatividade do tempo que ultimamente sua vida está tão triste?

Eu deveria estar falando sobre Marketing e Inovação mas não tenho vontade. É assim mesmo: os assuntos que eu mais gosto ficam distantes quando o tempo está passando devagar.

Eu entendo a teoria e sei que essa semana vai passar em câmera lenta. Mas na semana que vem, no máximo na próxima, eu volto: em busca da semana que passa depressa. A vida feliz, como se sabe, passa voando. Isso não é triste?

Mesmo não gostando de Einstein, escrevi uma frase famosa dele atrás do meu cartão de visitas: “Loucura é fazer sempre a mesma coisa, do mesmo jeito, e esperar por resultados diferentes.” É boa, e tem tudo a ver com o meu trabalho. Gosto de observar a reação das pessoas quando leem a frase.

Mas resolvi pesquisar: é uma frase atribuída. Não há certeza de que Einstein disse isso. Mas alguém disse. Então esse alguém pode ter pensado: “Bom, já que eu não sou ninguém, mas criei uma frase boa, vou afirmar que foi alguém famoso que disse isso.” Esse fenômeno se repete bastante hoje em dia: anônimos escrevem textos cheios de opiniões distorcidas e assinam como Arnaldo Jabor. Ou Luis Fernando Veríssimo. E você propaga a impostura ao compartilhar o texto no Facebook.

Mas fugi do assunto. O que eu queria dizer hoje é que não importa quem falou: o tempo e a loucura são relativos. Vamos compartilhar.