Toda vez que a Apple lança um produto novo, especialmente uma nova geração de iPhones, a expectativa é imensa. Milhões de fanáticos ao redor do mundo fazem fila e ignoram os preços para adquirir uma unidade o quanto antes.
A marca Apple é muito forte. A maçã estampada na traseira dos aparelhos é símbolo de sofisticação (aqui você escolhe, leitor, qualquer outro adjetivo). Em casos notórios como esse, a marca é o principal fator de escolha.
Este texto, no entanto, pretende chamar a atenção para outra marca, que emula o glamour da Apple no maior mercado consumidor do mundo: a Xiaomi (pronuncia-se xaumi), fabricante de celulares chinesa que se tornou há alguns dias a terceira maior fabricante de smartphones do mundo. Fica atrás da sul-coreana Samsung, primeira colocada, e da Apple, segunda. A terceira colocação veio em função de ser a mais vendida na China.
A marca é chamada (e a Xiaomi adora o apelido) de “Apple da China”, pois também possui clientes fanáticos que acompanham seus inventos tecnológicos. Os lançamentos dos produtos imitam todo o estilo da Apple: grandes eventos amplamente divulgados pela imprensa.
No entanto, o detalhe mais interessante (e que apavora a concorrência): os celulares da Xiaomi possuem tecnologia de ponta, semelhante aos concorrentes, e custam menos da metade do preço. É a competitividade chinesa que, em breve, deve mudar esse mercado absurdamente inflacionado pelo valor subjetivo das marcas.
A Xiaomi está investindo na expansão internacional, e quer entrar forte no Brasil em 2015.
Marcas ocidentais de tecnologia utilizam mão-de-obra e componentes chineses faz tempo. A própria Apple monta seus produtos na China. O que as marcas ocidentais temem (e já falei sobre isso neste espaço) é o momento em que as marcas chinesas vão ser respeitadas, também exercendo influência sobre o consumidor mundial na hora da compra.
Parece que este momento chegou. E o rótulo “Made in China”, outrora ridicularizado, nunca mais será o mesmo.