terça-feira, 12 de novembro de 2013

A educação dos cabelos

As brasileiras compram, em média, 15 frascos de xampu por ano. Elas dedicam 35 minutos diários arrumando o cabelo. O mercado desses produtos movimenta no país R$ 4,8 bilhões por ano. Esses e os demais dados do texto foram coletados em matéria da revista Veja.

Dificilmente o mercado de produtos para cabelo entrará em crise: os produtos tornaram-se uma necessidade básica. Na publicidade, o segmento já é o sexto maior anunciante, contando com garotas-propaganda como Gisele Bündchen, da Pantene, que recebe um cachê estimado em R$ 3 milhões. Cachê maior que o de Jennifer Lopes, da L’Oréal – aproximadamente USS 1 milhão. Além da boa grana, uma grande e lucrativa visibilidade: Gisele é disparada a mulher mais citada no Brasil como exemplo de beleza.

Estima-se também que as brasileiras coloquem mais xampu e condicionador nas mãos – mais do que o dobro que as europeias. Algo cultural, climático e, claro, relacionado ao tamanho dos fios.

Outro dado: 86% das mulheres brasileiras já usaram tintura nos cabelos. Segundo elas, um novo tom de coloração no cabelo aumenta a autoconfiança, dá sofisticação e melhora o humor.

Outro dado curioso, este da Revista Exame: o condicionador está presente em 91% dos lares brasileiros. Na Itália, em 50% das casas. Na França, só 35% dos lares possuem condicionador na janelinha do banheiro. 

O Brasil é o segundo mercado mundial em consumo de pós-xampus: os produtos usados após a lavagem. Novos processos, como o alisamento, demandam cuidados especiais. Logo, produtos de “manutenção” ganham mercado. Detalhe: mais da metade das mulheres brasileiras já fizeram algum tipo de alisamento.

E mais da metade das mulheres afirmam que deixam de sair se não tiverem tempo de arrumar os cabelos.

O Brasil ocupa a posição 85 no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) calculado pela ONU, logo atrás de Omã (84) e Azerbaijão (82). O índice mede a renda, a educação e a saúde dos habitantes de cada país. Já o Fórum Econômico Mundial classifica o Brasil na posição 88 no ranking de educação, logo atrás do Suriname (87) e da Bolívia (86).

Mas isso é outra história. Ou não?