A vice-presidente de
operações do Facebook, Sheryl Sandberg, conversava com sua filha de 5 anos:
“Quanto melhor a mamãe é no
trabalho, menos pessoas gostam dela! Já quanto melhor é o papai no trabalho,
mais pessoas gostam dele! O que você
acha disso?” E a mocinha respondeu: “Eu prefiro ter menos sucesso no trabalho
para mais pessoas gostarem de mim!”
Sheryl apareceu recentemente
na capa da revista Time sob o
seguinte título: “Não a odeie por ela ser bem sucedida”. Ela escreveu um livro
chamado “Faça Acontecer”, no qual orienta as mulheres sobre as dificuldades
corriqueiras do mundo coorporativo. A autora, no entanto, tem sido bastante
criticada por abordar a questão sob uma ótica muito feminista.
No blog da Harvard Business Review, a autora
Marianne Cooper cita a executiva do Facebook e afirma: para as mulheres, o sucesso realmente não combina com simpatia e admiração. As mulheres bem
sucedidas, segundo ela, são muitas vezes até mesmo odiadas.
Segundo a autora, as pessoas
admiram homens bens sucedidos. Para as mulheres, no entanto, essa relação entre
sucesso e carinho não existe. Pelo contrário: seria algo inversamente
proporcional.
O motivo seria que mulheres
bem sucedidas se comportam de maneira socialmente inaceitável. Ser competitiva
no trabalho, por exemplo, seria algo que não combina com uma mulher. Segundo a
autora, espera-se que as mulheres sejam sempre como mães queridas e amigáveis.
Não é novidade que as
mulheres enfrentam mais barreiras no trabalho. O machismo ainda existe. E as
mulheres enfrentam o dilema de conciliar vida pessoal e profissional de um modo
muito mais intenso que os homens.
Quanto ao fato de as mulheres
bem sucedidas não despertarem simpatia ou serem odiadas, arrisco um palpite. Decerto o sucesso de uma
mulher não agrada todos os homens da empresa. Mas será que as mais incomodadas com
esse sucesso não seriam as mulheres frustradas?