Que a primeira impressão é a que fica já sabemos. Difícil,
para muitas empresas, tem sido perceber qual é o momento da primeira impressão de
um novo funcionário. Este momento não vem do primeiro dia de trabalho. Ele
acontece antes, lá no processo seletivo.
O início da seleção é a divulgação da vaga. Há alguns dias,
em um treinamento, um aluno me disse que sua empresa colava anúncios de vagas
no vidro da loja, mas ninguém se interessava. Ou será que ninguém lia? Somos
bombardeados por informação de todos os lados, e a grande maioria dessa
informação é irrelevante. Criamos mecanismos para barrar a enormidade de dados
inúteis. Ou seja: se você quiser ser lido, visto ou ouvido, precisa chamar a
atenção.
Antes de divulgar uma vaga reflita: onde está o seu
funcionário? Quantos anos ele tem? O que ele gosta de fazer? É preciso pensar
no recrutamento do mesmo modo que o Marketing pensa no público-alvo. Quanto
mais atenção você chamar, maior é a probabilidade de encontrar um bom
candidato. E aí vale tudo: redes sociais, programas de rádio de divulgação
gratuita, anúncios dirigidos em jornais
e revistas, premiar a indicação de funcionários e por aí vai.
Outro detalhe importante: assim como muitas empresas não
fazem processo seletivo algum, outras exigem inúmeros testes. Todos são
realmente necessários? E será que o bom candidato está disposto a realizar
tanto esforço por uma vaga incerta?
Para que funcione, é preciso haver sintonia entre o processo
seletivo e a divulgação da vaga. Isso torna mais eficiente o recrutamento de
candidatos e profissionaliza a entrevista de emprego. São essas primeiras
impressões que vão marcar e, quiçá, moldar o comportamento do futuro
colaborador.
E se a sua empresa não faz processo seletivo algum, apenas
entrega o boné para o primeiro interessado que aparecer? Esse descaso será a
primeira impressão, aquela que fica.