quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sobre a desumanização das vendas


História contada por Bill Taylor, no blog da Harvard Business Review:

Bill queria dar um presente especial para o seu pai, que faria 75 anos. Por isso informou seu pai que iria pagar a troca do seu Cadillac 2001: “Vá até a loja, escolha o modelo, negocie o preço e eu cuido do resto!”

O pai de Bill foi até a loja, escolheu seu Cadillac novo e, quando fechavam o preço, mostrou ao vendedor que havia recebido um cupom de cliente fiel.  O cupom dava USS 1.000 de desconto na troca por um Cadillac novo. O vendedor, no entanto, lamentou: a promoção havia acabado há alguns dias. E o sistema não permitiria dar esse desconto.

O pai de Bill, resignado, optou por não fechar o negócio.

Na semana seguinte, ele resolveu olhar um modelo Buick (também da General Motors), e contou ao vendedor a história do cupom vencido. O vendedor confirmou que realmente o cupom não valia mais. Mas fez uma proposta: “negociamos o preço e, ao final, dou esse desconto por você ser cliente fiel da GM”.

Já era sexta-feira, final da tarde, e o pai de Bill queria mais tempo para o test drive. O vendedor sugeriu que ele ficasse com o carro até segunda de manhã.

No sábado, o pai de Bill foi para o hospital. Teve que realizar uma cirurgia simples, mas de emergência. Recuperado e preocupado, ele ligou para o vendedor e explicou que o carro estava na garagem de casa. “Não se preocupe com o carro agora. Trate apenas de melhorar”, disse o vendedor.

No domingo de manhã, o pai de Bill recebeu flores no hospital e um cartão desejando melhoras. Foi o vendedor do Buick quem mandou. Quando o pai de Bill saiu do hospital, mesmo sendo a vida inteira um fã dos Cadillacs, ele comprou o Buick.

Já pensou, leitor, se nossas empresas fossem um pouquinho mais humanas? Este seria um mundo melhor se as transações comerciais também envolvessem consideração, gentileza e empatia.