Uma pesquisa do instituto Gallup mostrou que, em 2011,
aproximadamente 70% dos trabalhadores americanos não estavam engajados e até
completamente alheios ao seu rendimento no trabalho. Este índice é medido desde
2000, e os resultados são quase idênticos, ano após ano.
A partir das respostas de um questionário, os pesquisadores
identificam pontos relacionados com a performance de resultados, como produtividade, atendimento ao cliente, segurança e lucro.
A porcentagem de funcionários desmotivados entre homens e
mulheres é similar. A questão da idade também interfere pouco: apenas entre os idosos
se percebe uma tendência maior de engajamento no trabalho.
Detalhe muito importante: a faixa salarial dos entrevistados
também é indiferente na porcentagem de funcionários desmotivados. Não interessa
o tamanho do ordenado no final do mês: dois em cada três funcionários não
possui entusiasmo para trabalhar e produzir. E mais uma vez percebe-se que a
relação entre motivação e remuneração, quando não é inexistente, é praticamente
irrelevante.
Esses profissionais talvez até produzam o quanto deveriam.
Mas será que produzem o quanto poderiam produzir?
Se faz uma década que os números da insatisfação no trabalho
não mudam nos EUA, aqui o cenário deve ser parecido. Em geral, dois em cada
três funcionários não vão recomendar a própria empresa para possíveis
candidatos. Dois em cada três funcionários vão trocar de emprego na primeira
oportunidade. Dois em cada três
funcionários simplesmente não ligam.
Quem sabe na sua empresa apenas um em cada três funcionários
não está muito animado com o que faz. Ou será que três em cada três estão
insatisfeitos?
As pessoas se engajam quando se importam com o resultado. Os
fins não justificam os meios: os fins enobrecem e aperfeiçoam os meios.