Num dos
artigos mais lidos do mês no blog da Harvard
Business Review (aqui, em inglês), a autora Kyle Wiens defende a ideia de
que, na ausência física, nossas palavras escritas são a projeção daquilo que
somos. E isso se manifesta nas postagens em blogs, nas atualizações de status
do Facebook e na troca de e-mails corporativos.
Com a comunicação
e a interação acontecendo cada vez mais na esfera virtual, é natural que as
pessoas julguem você a partir daquilo que você escreve na Internet. Por
exemplo: se você não sabe a diferença entre “mais” e “mas”, ou se você escreve “concerteza”
e “derrepente”, você será negativamente taxado. Injustiça? (Injusto é o
tico-tico que, ao dar com o negro filhote de chupim, expulsa do ninho a fêmea
inocente).
A autora propõe
uma pergunta instigante: Gramática não tem nada a ver com performance no
trabalho, criatividade e inteligência, certo? Errado, é a resposta dela. Para
Kyle Wiens, se uma pessoa de 20 anos não escreve direito, ela consequentemente
perderá oportunidades de trabalho, não importa a área em que atue. Boa gramática
é garantia de credibilidade.
Preconceito
do mercado? Não, é uma simples relação: se o tempo passou e a pessoa não
aprendeu a escrever corretamente, como será o desempenho dela na execução das
atividades? Digo mais: como pode uma pessoa se expressar em redes sociais,
mandar emails para colegas, chefes e clientes e, apesar dessa exposição, não se
preocupar com a qualidade da escrita?
Uma pergunta
para colaborar com o argumento da autora: Você indicaria para uma vaga na
empresa em que você trabalha aquele amigo do Facebook que escreve tudo errado?